Quais as diferenças: Professor, Treinador ou Palestrante. Qual contratar?

Atualmente, há um mercado promissor para palestrantes. Alguns cursos de formação nesta área estão surgindo com grande interesse. Contratantes também devem estar atentos ao perfil do profissional que está contratando. Neste artigo, vamos compreender as diferentes atuações de cada profissional.

Eu tenho utilizado muito a analogia do CHA, utilizado em diferentes anagramas, para ilustrar vários temas que tenho trabalhado. Então, vamos começar por um deles.

Seja qual for o perfil, primeiro é necessário estar à preparação para exercer cada um dos papéis. Por isso, o profissional deve buscar Capacitação, realizando cursos, pesquisas, treinamentos e palestras, com o objetivo de obter bagagem cultural para sua atuação profissional. Colocando em prática e testando o que aprendeu, vem a Habilitação. Isto significa que há uma permissão para que a atuação na área desejada. Então, com várias experiências acumuladas, com a produção e divulgação de conteúdos como livros, entrevista na mídia, divulgação em redes sociais e vídeos, ou seja, as Atividades, que trarão reconhecimento, demonstrando que o profissional domina aquele assunto, dando segurança ao contrante e à sua audiência.

Cursar uma pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado), ter anos de experiência profissional em uma atividade, publicar livros, vídeos e outras formas de conteúdo, geram, portanto, o CHA da Autoridade.

Outro CHA muito conhecido e divulgado é o formado pelo Conhecimento, saber o que fazer, Habilidade, saber como fazer e Atitude, que é a vontade de querer fazer o que sabe fazer.

A diferença de atuação de cada um dos profissionais, está justamente neste segundo CHA que estamos apresentando. Cada profissional tem um tendência mais forte de agir em um desses pilares do CHA.

O professor, principalmente do ensino formal, tem o foco no desenvolvimento e disseminação de informações. Assim é o modelo de educação atual. As tecnologias educacionais mais modernas já posicionam os professores como treinadores em atividades de modelos de sala de aula invertida (onde parte do conteúdo é estudado previamente – a teoria – e a aula é focada na prática, na solução de desafios tutoriados pelos professores).

Os treinadores, portanto, têm o perfil preponderante de dar a visão prática sobre os assuntos que foi contratado para tratar com seus treinandos.

Os palestrantes, todos já percebemos de uma forma ou outra, estão atuando muito na questão motivacional. Buscar os motivos que fazem as pessoas agirem e atuarem em busca dos melhores resultados.

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Qual deles é imprescindível?

Para responder esta pergunta, vamos analisar os diferentes tipos de profissionais, de acordo com a falta de alguns componentes do CHA. Imagine um chefe e as análises de seus subordinados:

  • “Não sei como pode ser chefe. Não sabe nada do que deve ser feito” – Falta conhecimento.
  • “Ele até sabe o que deve ser feito, mas pôe ele pra fazer. Sabe nada” – Falta habilidade.
  • “Chefe horrível. Não sabe fazer. Aliás, não sabe nem o que é para ser feito” – Falta conhecimento e habilidade.
  • “Ele é bom, sabe tudo. Mas não sabe passar, motivar a equipe, fica lá encastelado no escritório” – falta atitude.

Agora, imagine um bom chefe. Uma frase para defini-lo pode ser:

  • “O cara é fera. Sabe o que tem que ser feito, põe a mão na massa quando precisa e sabe motivar todo mundo, é um líder”.

Para formar esses profissionais com alto índice de competência, as empresas devem ter em mente estes três aspectos.

Formatos de capacitação

Parece óbvio, mas tanto profissionais de treinamento quanto contratantes cometem equívocos neste aspecto. Veja como chega a ser óbvio:

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Cada tipo de profissional tem um formato adequado para exercer sua capacitação:

  • Aulas: formato de exposição teórico-prático. Em geral, as aulas têm um tempo mais longo para exposição e exploração de conteúdo, pois estão dentro de um contexto de várias aulas. Aqui, o foco é O QUE se deve saber.
  • Treinamento: em geral, são eventos de curta duração, com viés mais prático. É muito comum uma imersão de um dia ou um final de semana ou mesmo algumas horas. O viés é muito mais prático, com exercícios, dinâmicas e atividades. Trata-se de aprender COMO fazer.
  • Palestras/Conferências: o tempo para expor o conteúdo é, em geral, de alguns minutos. A série de eventos internacionais TED (Technology, Entertainment, Design) estabeleceram um novo padrão: 20 minutos. Mas, em geral, as palestras costumam ter a duração de uma hora.

As palestras podem ser técnicas – quando expõem algum contexto mais relacionado a uma atividade profissional – apresentando novidades, inovações ou melhores práticas, ou comportamentais, quando se busca uma mudança de comportamento para obter melhores resultados.

“Aprendi a selecionar conteúdo e fazer preparações para os três tipos de eventos, atuando nas três formas. Quando essas diferenças ficam claras, é muito mais fácil acertar nas decisões e realizar um grande evento, seja aula, treinamento ou palestra”.

Atuar de forma equivocada pode frustrar a audiência, comprometendo os resultados.

Capacitação

Esses três tipos de profissionais devem ter Autoridade nas áreas que resolveram ensinar, treinar ou palestrar. No entanto, técnicas como contação de histórias (story telling), oratória e apresentação completam as necessidades atuais, exigidas pelo contratante.

Neste artigo, esclarecemos as diferenças dessas três formas de atuação de que atuam na capacitação e seus públicos. Também verificamos quais são os eventos e conteúdos mais adequados para cada uma das modalidades de transmissão de conhecimentos.

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